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INTRODUÇÃO

Glaucoma é a designação genérica de uma neuropatia óptica

de causa multifatorial, caracterizada pela lesão progressiva do

nervo óptico, com consequente repercussão no campo visual.

Apesar de poder cursar com pressões intraoculares consideradas

dentro dos padrões da normalidade (glaucoma de pressão normal),

a elevação da pressão intraocular (PIO) é seu principal fator de

risco. O tipo mais comum é o glaucoma primário de ângulo aberto,

frequentemente assintomático. Outro tipo, o glaucoma primário de

ângulo fechado, caracteriza-se pela oclusão do ângulo da câmara

anterior, decorrente de condições anatômicas que propiciam

aposição ou adesão da periferia da íris à parede externa do seio

camerular, com consequente elevação da pressão intraocular,

lesão

do

disco

óptico

e/ou

defeito

campimétrico

correspondente

1,2

(

D

). O fechamento angular primário agudo (antes

denominado glaucoma agudo primário) pode causar dor ocular

intensa, cefaleia, náuseas, vômitos, elevação da PIO

(frequentemente acima de 40 mm Hg) e redução da acuidade

visual, sendo considerada uma situação de emergência

oftalmológica e necessitando de tratamento imediato

2

(

D

).

Enquanto o glaucoma pode ou não estar acompanhado de

sintomas distintos, uma complicação quase inevitável é a perda

visual irreversível, que atinge primeiro a visão periférica. No

começo a perda é sutil, podendo não ser percebida pelo paciente.

Nas fases tardias da doença ocorrem perdas moderadas a severas,

com comprometimento da visão central, podendo evoluir para

cegueira.