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INTRODUÇÃO
O
conceito
das
espondiloartropatias
soronegativas
foi estabelecido
em 1974, quando os
pesquisadores ingleses Moll e Wright propuseram
que se englobassem dentro de um mesmo conjunto
algumas
doenças
até
então
consideradas
completamente distintas entre si, mas que, na
verdade, apresentavam diversas características
comuns. Tais características englobavam aspectos
clínicos (dor axial inflamatória, associada à artrite,
predominante em grandes articulações de membros
inferiores, e entesopatias periféricas), radiológicos
(sacroiliíte) e laboratoriais (soronegatividade para o
fator reumatoide, pois, até a década de 1970, alguns
pesquisadores
consideravam
a
espondilite
anquilosante (EA) como o componente axial da
artrite
reumatoide)
em
indivíduos
com
predisposição genética (ligada ao antígeno de
histocompatibilidade HLA-B27). Este conjunto
incluiu a EA, a artrite psoriásica, a artrite reativa e
as artropatias enteropáticas (associadas às doenças
inflamatórias intestinais)
1
(
D
).
Em 2009, especialistas do grupo ASAS
(
A
ssessment on
S
pondylo
A
rthritis International
S
ociety)
propuseram a troca do nome do grupo para
espondiloartrites
(EpA)
,
enfatizando
os