6
INTRODUÇÃO
As fraturas do colo do tálus correspondem a 1%
de todas as fraturas do esqueleto, 3% das fraturas
do pé e 50% de todas as fraturas do tálus,
apresentando-se com grande incidência de lesões
associadas
1,2
(
C
)
3
(
D
).
Vários mecanismos são descritos como
causadores da fratura do colo do tálus, dentre os
quais estão: o trauma direto no dorso do pé; a
supinação do pé causando impacto do colo do tálus
contra o maléolo medial; a dorsiflexão forçada do
tornozelo, levando ao impacto do colo do tálus
contra a margem anterior da tíbia; e a transmissão
da força de dorsiflexão do antepé promovendo a
fratura do tálus no seu ponto mais frágil, o
colo
2
(
C
)
3-7
(
D
). Um ponto comum entre esses
mecanismos é que o aumento da energia do trauma
promove a associação da fratura do colo do tálus às
luxações das articulações talocalcânea, do tornozelo
e talonavicular, incrementando a extensão da lesão.
Baseado na associação entre a fratura do colo
do tálus e as luxações articulares, classificação
radiográfica dessa lesão foi publicada em 1970,
dividindo-a em três tipos
2
(
C
). No tipo I, a fratura do