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meses. Ao comparar zolpidem com BZDs não há diferenças entre

os benefícios (NNT= 29, mas com IC 95% 12 ao infinito), nem de

efeitos adversos (NNH=77, com IC 95% 15 ao infinito)

81(B)

. A ausência

de diferenças entre os BZD e z-hipnóticos na qualidade do sono é

confirmada pelo tamanho do efeito encontrado, de somente 0,04 e

não significativo (IC 95% -1,11 até +1,19)

82(B)

.

Ao avaliar o tratamento da insônia crônica com qualquer

sedativo (seja BZD ou z-hipnóticos) observa-se que há benefício com

o tratamento farmacológico, com NNT=13 (IC 95% 6,7-62,91), apesar

do tamanho do benefício ser pequeno, de apenas 0,14 (IC 95%0,05-

0,23). Este tratamento apresenta diversos efeitos adversos, com

NNH=6 (IC 95% 4,7-7,1)

82(B)

.

Uso em longo prazo das drogas Z para insônia

De modo geral, as drogas Z são mais seguras para uso em longo

prazo em pacientes com insônia primária crônica. Casos de insônia

comórbida, ou seja, insônia explicada por uma outra doença como

transtorno de ansiedade, transtorno do humor, apneia do sono, entre

outras, sua associação pode ser estudada desde que seja o foco seja

o tratamento da doença de base. No entanto, é preciso atenção na

prescrição destas substâncias que também não estão isentas de risco

de dependência, sendo que há vários relatos de casos de dependência

destas drogas

83,84(C)

. Medicamentos utilizados na dependência, apesar

de não haver protocolos estabelecidos, foram BZDs de meia-vida

longa

83(C)

e pregabalina

84(C)

.

RECOMENDAÇÃO

Há benefício na realização de tratamento medicamentoso da

insônia crônica com qualquer sedativo (seja BZD ou z-hipnóticos) em

relação ao placebo, beneficiando 1 pessoa em cada 13 tratadas

82(B)

. A

diferença a favor dos z-hipnóticos em relação aos benzodiazepínicos

só existe com tratamento de até 12 meses

81(B)

, pois o seguimento de

um ano demonstra que não há diferenças significativas de benefícios

ou efeitos adversos entre as duas alternativas terapêuticas

81,82(B)

.

12. QUAIS

SÃO

AS

MELHORES

PRÁTICAS

RELACIONADAS À HIGIENE DO SONO QUE

TODOS OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DEVERIAM

CONHECER?

As técnicas comportamentais (TC) têm sido referidas como forma

de tratamento padrão com nível de evidência em insônia. Entretanto

somente alguns estudos têm relacionado seu uso à retirada de

benzodiazepínicos.Portantooníveldeevidênciaqueconsiderapadrão

as TCs se referem ao tratamento da insônia. Após a análise de vários

estudos epidemiológicos e clínicos, reformas têm sido propostas para

a nova classificação do DSM-V para profissionais em saúde mental.

Insatisfação com o sono, por exemplo, que não era parte do critério,

considerando-se o DSM-IV, fará parte do novo critério, em vez da

sensação de sono não reparador. No entanto, insônia continua sendo

uma síndrome com conseqüências diurnas importantes. Desse modo,

ao avaliar-se um paciente com insônia e ao monitorar-se o sucesso

do seu tratamento, todos os sintomas diurnos e noturnos necessitam

ser avaliados. A fim de programar adequadamente as melhores

técnicas ou instruções para um determinado paciente é necessário

saber os seus hábitos diurnos, noturnos e reconhecer a presença de

comorbidades, sejam elas primárias ou não, psiquiátricas ou médicas

em geral.

Atualmente existem manuais para guiar o tratamento com nível

de descrição suficiente que permite que profissional devidamente

treinado possa fornecer um atendimento adequado

85(A)86-88(B)89,90(D)

.

As TCs apresenta baixo risco de efeito colateral e a manutenção

da melhora em longo prazo, embora a resposta clínica seja mais

rápida com o tratamento medicamentoso

91(B)

.

Seguem instruções e sugestões que podem ajudar pacientes com

insônia e que podem ser prescritas em associação ao medicamento

medicamentoso, contidas nos vários guias e artigos acima referidos.

Os tratamentos não medicamentosos visam modificar os hábitos

inadequados com relação ao sono, reduzir o despertar e o alerta

durante o período do sono, alterar crenças e atitudes sobre o sono

e educar os pacientes sobre práticas saudáveis para o sono. Desse

modo requer motivação por parte do insone. Faz parte da

higiene do

sono

hábitos adequados a promoção do mesmo devendo-se: