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Geralmente o uso de fixador externo reserva-se apenas

para fraturas expostas graves, para estabilização de

fraturas fechadas, porém muito cominutas e para

estabilização

precoce

de

pacientes

politraumatizados

10

(

C

). Além disso, nos casos com

grave lesão de partes moles, o fixador externo evita a

colocação de implantes em área contaminada, ao

mesmo tempo em que permite fácil acesso à ferida, não

explora tecidos não afetados e não prejudica a

circulação periosteal

9,10

(

C

).

Embora a fixação externa, como forma de

tratamento provisório das fraturas do fêmur tenha

indicação em várias circunstâncias, existem poucos

relatos de sua utilização como tratamento definitivo

destas fraturas. Malta et al. realizaram um estudo com

20 fraturas em diáfise do fêmur (18 pacientes) entre 1992

e 1995, tratados com fixador externo e demonstraram

que o índice de não consolidação, apesar de não ser

ideal, foi de 17%. Nenhum dos pacientes desenvolveu

osteomielite após colocação do fixador externo

9

(

C

).

Nowotarski et al. realizaram uma revisão

retrospectiva de 1.507 fraturas de diáfise de fêmur que

ocorreram entre 1989 e 1997, das quais 59 foram

tratadas inicialmente com fixador externo

11

(

C

). Destas,

40 eram fechadas e 19 abertas, das quais 8 classificadas

como grau IIIA e 8 como grau IIIB. A escolha desse

protocolo de fixação definitiva num segundo momento

foi optado devido condições clínicas do pacientes ou