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77

7.

OS

ANTIMALÁRICOS

SÃO

DROGAS

EFICAZES NO TRATAMENTO DA AR?

Os antimaláricos vêm sendo usados no tratamento da

AR há mais de 50 anos, sendo seguros e eficazes,

sobretudo para formas iniciais e leves. O mecanismo de

ação ainda é pouco conhecido, mas parece envolver

múltiplos

fatores:

atividade

anti-inflamatória

(estabilização das membranas lisossomais, inibição de

enzimas lisossômicas e da quimiotaxia e fagocitose de

polimorfonucleares), interferência na produção de

prostaglandinas, entre outros

19,20

(

A

).

As duas formas disponíveis são o difosfato de

cloroquina e o sulfato de hidroxicloroquina, sendo a

última preferível devido a seu melhor perfil de

segurança, sobretudo oftalmológico. A dose máxima

diária do difosfato de cloroquina é de 4 mg/kg/dia e do

sulfato de hidroxicloroquina de 6 mg/kg/dia VO,

considerando-se o peso ideal do paciente. O início de

ação é lento, levando de 3 a 4 meses para atingir o pico de

eficácia em cerca de 50% dos pacientes.

Os eventos colaterais são diversos e incluem, entre

outros, intolerância gastrintestinal (náuseas, vômitos, dor

abdominal), hiperpigmentação da pele, cefaleia, tontura,

miopatia, e retinopatia. Este último é infrequente, mas

indica-se monitoração oftalmológica regular (avaliação